sexta-feira, 9 de setembro de 2011

confusão


O que eu preciso…não sei…alias sei…mas não quero…hum…afinal quero…mas não quero viver…mas…acho que quero…não! Eu quero sim…mas não sei…ou será que sei? Se calhar não sei…mas quero saber…não te quero encontrar…mentira…é o que mais quero…

Porquê tanta duvida? Tanta confusão na minha mente…tanta necessidade sem necessidade nenhuma…tanta pressão…tanta vontade e ninguém para desapertar o botão…ou simplesmente…e porque não, apenas…dar-me a mão…

Tenho a sensação que é preferível sonhar sonhos acordados e sem nexo do que viver realidades sem propósito…o meu caminho não tem pedras…tem montanhas…essas não as vou guardar…tenho de as escalar…sem cordas…

Sozinho…só eu…e mais ninguém…

domingo, 17 de julho de 2011

duas canetas...uma história


Vejo-te do outro lado da janela…tas lá fora a contemplar as estrelas…vou ao teu encontro…parada como uma rosa em dias quentes de primavera, deixo-te ouvir os meus passos…pressentes o meu perfume…não digo nada…um beijo solta-se em direcção ao teu longo pescoço…timidamente encolhes os ombros…sabes que sou eu…nem querias que fosse outra pessoa…viras-te lentamente…olhas-me nos olhos…começas a ler o que neles está escrito…quando acabas…as lágrimas começam a cair pela tua face…cais aos meus pés…dou-te a mão…ajudo-te a regressar ao meu mundo…solta-se um beijo sentido…uma história está a ser escrita num livro com centenas de páginas em branco…duas são as canetas que são necessárias para continuar a escrever…se uma delas ficar sem tinta…a outra não pode escrever por ela…
Pedes-me um abraço…pedes-me para que fique sempre ao teu lado…pedes para congelar o tempo…pedes para que não deixe de te amar…
Não precisas de pedir…nunca foi preciso…sou teu…sempre fui…
Agasalho-te com o meu casaco…e pela noite dentro vamos vendo as estrelas cadentes..e vamos escrevendo no livro…cada um com a sua caneta..a mesma historia.

terça-feira, 7 de junho de 2011

Desabafos errantes...


De onde vem este grito mudo...este choro que me deixa sem respirar...esta sensação de nó na garganta...a lágrima que nunca mais escorre...o tombo que não se sente...o aperto no peito que magoa tanto...o punho serrado que não quer bater na mesa...o olhar que insiste em desviar a minha atenção...
Que surdez absurda me afasta e me impede de ouvir a melodia da tua voz? Que sensação é esta da tua mão pousada no meu ombro…do teu sopro a correr-me a espinha estremecendo cada poro da minha pele? Sentas-te a minha frente…fixas o olhar…mas não dizes nada…recitamos poemas…fazemos amor com a cor dos nossos olhos…beijamos-nos a cada piscar de olhos…sais..voltas…desapareces…foges…regressas…e partes novamente…

terça-feira, 31 de maio de 2011

Pintura seca


As minhas veias parece que vão rebentar...vão pintar-me o corpo...vai escorrer por entre os meus dedos...vai formar desenhos imperfeitos...frases incompletas...palavras pouco sinceras...estradas novas se vão formar pelas terras do meu corpo...novos mundos se formarão...novas experiências pouco extraordinárias, pouco sinceras e mesmo até frustrantes tropeçarão no meu horizonte incerto. Mas...vai chegar a altura em que a tinta vai secar...vai deixar de pintar o meu corpo...tudo em mim ira' morrer em definitivo...não há 2a oportunidade...vou...e não volto.

terça-feira, 5 de abril de 2011

Passos lentos da vida...


Vagueio pela cidade…transparente…só…ninguém me vê…ninguém me ouve…ando a deriva olhando para os meus passos lentos…não levanto a cabeça…não sei para onde vou…o que vou encontrar…
Acabo por encontrar abrigo num banco de jardim…sento-me…passo horas ao olhar para o vazio…quero encontrar-te escondida em cada canto…em cada janela…em cada porta…tudo fantasia romântica…delírio poético…equações amorosas inexistentes…sentimento de vontade…coragem que desfalece…
Respiro fundo…retomei controlo dos meus pensamentos…dos meus movimentos…
Levanto-me novamente com a vontade de seguir em frente…de andar novamente pela cidade seguro de mim…seguro do que sou… e do que vou ser…com olhar de guerreiro que me faltava eu vou lutar e desta vez…sobreviver

sexta-feira, 25 de março de 2011

O tempo parou o tempo...


Suaves são os passos que ouço a minha volta…pressinto todas as vozes ao meu redor sem reconhecer nenhuma…sento-me num cadeira feita de canas velhas esquecidas ao sol, tudo a minha volta fica opaco…uma luz centra-me no meio de uma sala vazia como se de uma peça de teatro sem publico se tratasse…abrem-se fendas no chão, sinto-me a escorregar lentamente…mantenho a razão, não quero confiar nos meus olhos…o tempo não passa…tudo a minha volta está parado…mas continuo a ouvir um “tic tac” de um relógio…é o tempo…o tempo parou o tempo a minha volta..não me deu tempo para me preparar…para me despedir…não me deu tempo para amar, para sentir…o tempo parou o meu tempo…e com tempo…vou andar perdido no tempo…até o tempo me libertar…com tempo…pode ser que seja eu que me liberte…

quarta-feira, 2 de fevereiro de 2011

escolhas...


Não escolhi amar-te…não escolhi conhecer-te…não escolhi sofrer por ti…não escolhi ser assim…
Escolhi estar ao teu lado sempre que pudesse…escolhi admirar-te sempre que me deixasses…escolhi levantar-te e apoiar-te num amor que não era meu…escolhi ouvir-te em vez de virar as costas…escolhi limpar-te as lágrimas em vez de chorar contigo…em vez de chorar por ti.
Escolhi manter-me na escuridão com o medo da tua luz…escolhi sofrer em silencio para não ouvires os meus gritos de desespero, de saudade, de dor e sofrimentos…
Escolhi que não merecias que “aparecesse” neste momento…sabia que não estavas preparada…e acho que lá no fundo eu também não…por esse erro eu estou a pagar todos os dias, desde que eu acordo…até me deitar…todos os dias! Sem excepção!
Se era suposto eu me sentir melhor…foi um fracasso autentico…eu sou um fracasso autentico…
Se há pessoas que tem direito a uma segunda oportunidade…eu pelos vistos…nem a primeira tenho…
Mais um dia…limpando as lágrimas…vivendo pó momento sem nunca mais pensar no futuro…sinto-me tão estúpido….tão contagioso…